quinta-feira, 16 de julho de 2009

Gonzagão é homenageado em São Paulo


O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, realiza, entre os dias 17 e 19 de julho, uma grande festa nordestina na cidade de São Paulo. O evento Homenagem a Luiz Gonzaga movimentará o Vale do Anhangabaú, no centro da capital, com mais de 35 atrações culturais, durante os três dias de celebração.

A programação conta com shows musicais, além de intervenções de cultura popular, teatro, circo e dança. Para deixar a festa ainda mais completa, haverá nove barracas, cada uma representando um Estado do Nordeste, com comidas típicas e artesanato.

Para o Secretário de Estado da Cultura, João Sayad, o Homenagem a Luiz Gonzaga busca valorizar e reforçar as tradições do Nordeste no Estado de São Paulo. “A festa para Luiz Gonzaga é uma homenagem de São Paulo à música brasileira” destaca Sayad.

Serão três dias de apresentações de renomados artistas da cultura nordestina como Elba Ramalho, Alceu Valença, Dominguinhos, Oswaldinho do Acordeon, Antonio Nóbrega, Cordel do Fogo Encantado, Trio Virgulino e outros. O público poderá se divertir ainda com a dupla de repentistas Caju e Castanha; com a embolada da dupla Peneira e Sonhador; com os números circenses dos Irmãos Becker e do Circo Nosostros.

Os 40 integrantes do grupo Caracaxá apresentam o Maracatu de Baque Virado. Vindo de Pernambuco, Valdec de Garanhuns apresenta o Teatro de Mamulengo. Já o grupo Mais Maria Do Que Zé interpreta músicas próprias e relembra clássicos do forró, xote e baião, entre outros ritmos, com a participação de um boneco mamulengo e bailarinos.

“A cultura nordestina será celebrada com três dias de apresentações artísticas e a participação de músicos que enriquecem a cultura da região”, explica André Sturm, coordenador da Unidade de Fomento e Difusão de Produção Cultural da SEC e responsável pelo evento.

As novas bandas, como Seu Chico, Carlinhos Antunes e Quinteto Mundano, Nicolas Krassik e Cordestinos também têm espaço garantido na programação. Os clássicos do frevo, da música popular e de grandes compositores serão interpretados pela Orquestra Popular do Recife, sob a regência do maestro Ademir Araújo.

Nove barracas, uma para cada Estado do Nordeste, completam a festa com artesanato e comidas típicas, como o Mingau de Carimã (Bahia), Chambaril (Paraíba), Maxixada (Piauí), Vatapá, Cocada, Quindim, Abará, Acarajé, Baião de Dois, entre muitos outros.

Link - secretaria.

Programação
De 17 a 19 de julho
Local: Vale do Anhangabaú – centro de São Paulo/SP
Horários:
Dia 17/7: das 18h às 3h
Dia 18/7: das 10h às 3h
Dia 19/7: das 10h às 19h

Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA SEC
Data: 13/07/2009




1989: O Adeus à Luiz Gonzaga
02/08/2007 - 06:00 Enviado por: Lucyanne Mano

"Meu nome é Luiz Gonzaga, não sei se sou fraco ou forte, só sei que graças a Deus té pra nascê tive sorte, apôs nasci im Pernambuco, o famoso Leão do Norte. Nas terras do Novo Exu, da Fazenda Caiçara, im novencentos e doze, viu o mundo a minha cara. Dia de Santa Luzia, purisso é qui sô Luiz, no mês qui Cristo nasceu, purisso é que sô feliz"
Luiz Gonzaga.

O Brasil conheceria menos o Nordeste sem ele. Com seu chapéu de couro e a bandoleira de cangaceiro cruzada no peito, ele espalhou os ritmos e o jeito de sua terra mundo afora. Mas o próprio Nordeste talvez conhecesse menos o Nordeste sem o gênio que resumia naquela figura celebérrima de sanfoneiro. Autor de sucesso como Asa branca, Juazeiro, Assum preto e Último pau-de-arara, Luiz Gonzaga, o Gonzagão, não foi apenas a voz que fez falar o sertão silencioso. Assim como o Brasil conheceria menos o Nordeste e o Nordeste conheceria menos a si mesmo, também o Brasil, sem ele, conheceria menos o Brasil.

Breve Biografia
Cantor e compositor, Luiz Gonzaga do Nascimento nasceu na Fazenda Caiçara, no município de Exu, sertão pernambucano, filho de Ana Batista de Jesus e do sanfoneiro Januário José Santos, com quem aprendeu a tocar sanfona. Deixou sua cidade natal em 1930, em busca de emprego, e acabou entrando para o Exército, morando em vários lugares no Nordeste.

A carreira musical só começou em 1939, no Rio de Janeiro, tocando em um conjunto que se apresentava nos cafés da zona de prostituição. Participou de programas de calouros, como os de Almirante e Ary Barroso e, em 1941, gravou o seu primeiro disco - apenas como solista; a primeira música cantada, Dança Mariquinha, seria gravada em 1945. A partir de então passou a percorrer o Brasil, fazendo shows, iniciando sua longa carreira de sucesso. Influenciou vários compositores da chamada moderna música nordestina, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Raimundo Fagner, Elba Ramalho e outros.

Foi Luiz Gonzaga quem levou para o disco os ritmos e as batidas do xote e do baião - já conhecidos entre os cantadores de viola do Nordeste: ele pegou a batida e criou o jogo melódico, daí ser considerado o criador do baião. Gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções.

Morreu após uma internação de mais de 40 dias, vítima de osteosporose. Seu velório e enterro foram acompanhados por mais de 50 mil pessoas em Juazeiro do Norte.

"Minha vida é andar por esse país pra ver se um dia descanso feliz
Guardando as recordações das terras onde passei
Andando pelos sertões e dos amigos que lá deixei"
Luiz Gonzaga
Foi um enorme prazer participar da produção dos shows que animaram a galera na posse da Presidente Dilma Roussef. Parabéns a todos que fizeram parte deste evento e um abraço especial ao Zelito Passos, maestro Manassés e banda, Zunga, Kleber Moraes, Klésio Borges, Davi Honório e Cassimiro.

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