Bares
Os bares vencedores
O Casa D’Noca, chega ao topo do pódio justamente na recém-criada disputa de bar revelação. Acirrada, a eleição de melhor petisco coroa um quitute de sotaque regional: o pastel de pato desfiado com jambu, do Bar Ventura. Em dose dupla na lista de campeões, o Municipal sai à frente nas categorias boteco e música ao vivo. Já o Roxy Bar, um veterano, leva pela primeira vez o título entre as cozinhas de bar. Confira os 112 locais para petiscar e bebericar.
O melhor boteco e
A melhor música ao-vivo
Bate-papo na esquina: agito até a madrugada Municipal
O movimentado boteco, aberto há pouco mais de um ano, tem um palco que ocupa toda a área central do piso térreo, bem em frente a quem se acomoda nas mesas da calçada. Lá ocorrem apresentações musicais de estilos variados, em agenda intensa que se estende durante quase toda a semana. Para iniciar, na terça-feira, o músico Olivar Barreto toca MPB e samba, seguido de Adilson Alcântara, que mostra um repertório calcado na música regional. Fabrício dos Anjos executa hits de pop rock às quintas. No sábado, o show de MPB instrumental, com nomes como o baixista Adelbert Carneiro, antecede a performance da cantora Alba Maria, calcada em clássicos de artistas como Chico Buarque e Elis Regina. No domingo, grupos de samba animam a clientela. Presença constante nas mesas, as cervejas Brahma (R$ 4,80), Skol (R$ 5,00) e Bohemia (R$ 7,00) dividem espaço com rótulos importados, como a uruguaia Norteña (R$ 15,00, 960 mililitros), a argentina Quilmes (R$ 5,00, 330 mililitros) e a belga Stella Artois (R$ 6,00, 275 mililitros). O chope Brahma (R$ 4,00) faz boa parceria com a chapa de língua bovina, servida ao lado de arroz, batata frita, farofa, salada e vinagrete (R$ 30,00, para duas pessoas). No andar superior há um balcão reservado a especialidades japonesas. O temaki de salmão com camarão, cream cheese e gergelim custa R$ 11,00.
Rua Municipalidade, 1643, esquina com a Travessa Soares Carneiro, Umarizal, 
A melhor cozinha
Filé saddam hussein (R$ 38,00): criação dos clientes Roxy Bar
Num antigo galpão que já abrigou um depósito de pregos, os sócios João Augusto Proença e João Carlos Braga, também proprietários do restaurante Capone, na Estação das Docas, abriram o bar com temática cinematográfica em 1984. O nome, aliás, presta homenagem ao cinema Roxy, do Rio de Janeiro, local onde Proença passou tardes na adolescência. Sucesso há quase trinta anos, leva pela primeira vez o título de melhor cozinha de bar. O amplo salão tem pé-direito alto, de quase 10 metros, fachada no estilo art déco, piso de ladrilho hidráulico e uma parede com tijolos à vista, sobre a qual se acomoda um telão voltado para a exibição de clipes musicais. Outra parede repleta de espelhos e dois mezaninos internos completam a decoração. Criação dos clientes, o filé saddam hussein figura entre os campeões de pedido. O prato traz um pedaço alto da carne coberto com presunto e queijo, ao lado de arroz à piamontese, batata e farofa de ovo (R$ 38,00). Da seleção de petiscos, o hit da casa atende pelo nome de cat food gary cooper: bolinhos de carne recheados de queijo derretido e presunto (R$ 20,00). Para a sobremesa, o juliana paes compõe-se de sorvete de creme com calda de brigadeiro, pedaços de morango e flocos de chocolate (R$ 12,00). As long necks de Heineken (R$ 4,00) e de Eisenbahn, esta nas versões clara e de trigo (R$ 7,00 cada uma), aparecem na divisão de bebidas.
Avenida Senador Lemos, 231, esquina com a Travessa Almirante Wandenkolk, Umarizal, 
A melhor happy hour
As mesas ao ar livre: vista privilegiada Amazon Beer
A cervejaria campeã desde a primeira edição de VEJA BELÉM “Comer & Beber” leva a fama por produzir seis tipos de cerveja artesanal, todos fabricados de acordo com a lei de pureza alemã, que determina apenas água, lúpulo, levedura e malte de cevada ou trigo na fórmula das bebidas. Atrás do balcão, elas descansam em doze imponentes tanques de cobre e aço inoxidável, que atraem a atenção da clientela. A versão clara, do tipo pilsen, custa R$ 3,90. A river, um pouco mais encorpada, sai por R$ 4,00. Escura, a Black tem sabor de malte torrado (R$ 4,50). Mais potente, a red, com 5,8% de teor alcoólico, é vendida a R$ 4,50. A bacuri, aromatizada com a fruta (R$ 5,00), e a weiss, de trigo (R$ 5,00), completam a lista de opções. Juntas, elas respondem pela venda de cerca de 30 000 litros da gelada por mês. Nas mesas da área externa, margeadas pela Baía do Guajará, a vista privilegiada para o pôr do sol garante o cenário ideal para provar petiscos como a porção de bolinho de pato com tucupi (R$ 20,00) e a tradicional linguiça de metro (R$ 29,00). Quem preferir jantar pode optar pelo filhote com crosta de amêndoas, servido ao lado de risoto de maçã (R$ 39,00).
Estação das Docas, Galpão 1, Campina, 
O melhor para ir a dois
Salão das sombrinhas: o preferido dos casais Maricotinha
O estilo cabaré marca a decoração de um dos ambientes da casa, evidenciado pelo papel de parede escuro com motivos florais, pela intimista luz vermelha e pelas cortinas de veludo. Ajudam a compor a atmosfera dois lustres customizados, feitos de crochê, além de abajures, vasos e espelhos com grossa moldura dourada. Atrás, o estreito salão das sombrinhas tem o teto todo forrado com guarda-chuvas e é o ambiente preferido de quem quer curtir o clima de romance. Às pequenas mesas de madeira, os casais sentam-se juntinhos e curtem os drinques listados no cardápio, entre eles o mix de suco de cupuaçu, vodca, limão e açúcar de gengibre (R$ 14,00). Da cozinha saem pratos como o camarão grelhado servido na companhia de fios de palmito pupunha ao molho de tucupi com pesto de jambu (R$ 42,00). O crustáceo aparece ainda numa versão de petisco, envolto em castanha-do-pará e escoltado por molho de maracujá (R$ 29,00). Nos fundos, um terceiro espaço, mais amplo e decorado com vasos de samambaia, é o mais procurado por grupos de amigos, que põem o papo em dia na companhia das cervejas Devassa, nas versões Loura, Negra e Ruiva (R$ 7,00 cada long neck), e Baden Baden (R$ 18,00 a garrafa de 600 mililitros).
Rua Domingos Marreiros, 279, entre a Travessa Dom Romualdo de Seixas e a Travessa Almirante Wandenkolk, Umarizal, 
O melhor para paquerar
A garotada no balcão: festas temáticas e música ao vivo embalam a azaração Café com Arte
Ponto de encontro de moderninhos e descolados, o bar ocupa um casarão antigo, de 1923, dividido em quatro ambientes. No primeiro deles, logo ao lado do estreito corredor de entrada, ocorrem festas temáticas como a Remember, com hits das décadas de 70 a 90, sempre no segundo sábado do mês. Nas quartas, rola a badalada Que Boa Discografia, dedicada a vinis de funk, soul music e rock. Outro salão recebe apresentações de música ao vivo, onde já tocaram os grupos Copacabana Club e Rock Rocket, além do cantor Wander Wildner. Na área externa, o porão é disputado pela turma de rock, que se entreolha ao som de novidades do gênero. Um agradável quintal, nos fundos, tem mesinhas de madeira lotadas desde a happy hour. Ali, o clima de paquera, nas sextas-feiras, é embalado pelo projeto Ela Canta Chico, em que a cantora Ana Marsala, com o Trio Vinil, executa composições de Chico Buarque. O cardápio em formato de vinil lista drinques como a combinação com o nome da casa, um mix de licor de café e de chocolate com cointreau (R$ 7,00). Novidade no menu, o filé de pescada ao pesto de manjericão vai à mesa com arroz e purê de batata (R$ 30,00).
Travessa Rui Barbosa, 1437, entre a Avenida Nazaré e a Avenida Comandante Brás de Aguiar, Nazaré,
O melhor petisco
Pastel de pato desfiado com jambu: a porção custa R$ 18,00 Ventura
Na estreia desta eleição, chega ao topo do pódio um petisco de sotaque regional. É o crocante pastel paraense, recheado de pato desfiado com jambu e servido na companhia de um saboroso creme de tucupi incrementado com a mesma erva (R$ 3,80 cada um ou R$ 18,00 a porção com seis unidades). O pastelzinho faz boa parceria com o chope Nova Schin (R$ 3,50, 350 mililitros) ou com a cerveja Devassa (R$ 5,50), que figuram no cardápio ao lado da caipirinha de tangerina (R$ 7,50). Fotos antigas de Belém, imagens de artistas americanos como Elvis Presley e Marilyn Monroe, além de um painel com gravuras de pontos turísticos da cidade, entre eles a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré e o mercado Ver-o-Peso, conferem ao local o estilo de boteco chique. Disputadas por uma rapaziada jovem, na faixa dos 30 anos, as mesinhas espalhadas pela calçada chegam a bloquear a passagem dos pedestres em dias de maior movimento, especialmente quando a casa transmite as rodadas de futebol do dia. Lá, o público também curte shows como o do músico Sérgio Leite, que toca músicas de Raul Seixas sempre às quintas-feiras. Nos sábados, a partir das 23h30, a dupla Amazon Pop executa pop rock nacional e internacional.
Travessa Almirante Wandenkolk, 727, esquina com a Rua Boaventura da Silva, Umarizal,
Bar revelação
Para dançar: o samba anima a clientela Casa D'Noca
O espaço aberto em agosto de 2010 pelas sócias Flávia Anjos e Luciana Fajardo foi inspirado nos bares da Lapa, um dos bairros mais tradicionais da boemia carioca. Dividido em três ambientes, o casarão agrupa um salão interno, onde ocorrem os shows diários de música ao vivo, além de uma área ao ar livre, marcada por um painel com a imagem de São Jorge, assinado pela grafiteira Drika. Focada em samba, a agenda musical traz entre os destaques o cantor Darley, integrante da escola de samba Rancho Não Posso Me Amofiná, que se apresenta de sexta a domingo, e Marisa Black, cujo repertório, aos domingos, contempla faixas de nomes como Alcione e Beth Carvalho. No cardápio, a porção de pastel que leva o nome da casa vem recheada com camarão, creme de queijo e manjericão fresco (R$ 16,00, oito unidades). Outro sucesso, a cestinha de bolinho de bacalhau, com dez unidades, custa R$ 18,00. Ao lado dos petiscos, aparecem as long necks de Bohemia, Skol Beats (R$ 4,00 cada uma) e Stella Artois (R$ 6,00). O chope Brahma é vendido a R$ 4,00.
Travessa 9 de Janeiro, 1677, entre a Avenida Gentil Bittencourt e a Avenida Governador Magalhães Barata, São Brás,
