Esplanada dos Ministérios será o palco deste espetáculo de literatura e cultura
A 1ª Bienal Brasil conta com o apoio do Ministério da Cultura que
promoverá, em parceria com o Ministério da Educação, o seminário “Os Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Livro e Leitura: construções e desafios” com
a participação de representantes da Diretoria do Livro, Leitura e
Literatura (DLLL), da Fundação Biblioteca Nacional, vinculada ao MinC.
Tendo como pilar o poder transformador do livro e da leitura,
a Bienal vai promover lançamentos de livros, seminários internacionais,
debates, palestras, encontros, oficinas, exibição de filmes,
exposições, homenagens, shows musicais e apresentações
teatrais. Também terá uma série de programas destinados a despertar o
gosto pela leitura em crianças, jovens e adultos.
Os números da 1ª Bienal de Brasília impressionam: serão 200 livros
lançados (uma média de 20 a cada dia), 20 filmes exibidos, 10
seminários, três exposições de artes visuais, 20 mil cartões para
professores, homenagens a escritores, 17 shows musicais, 20
apresentações teatrais, 20 contações de histórias, além de recitais e
palestras ao longos dos dez dias de evento, em um espaço de 14.000 m².
Pelo grande palco montado no centro da Esplanada passarão várias
estrelas da MPB, como Nando Reis, Fernanda Takai, Capital Inicial,
Chico César, Oswaldo Montenegro, Kleiton e Kledir e Caetano Veloso, que
fará o show de encerramento no domingo (22). Os shows começam sempre a
partir das 22 horas, com entrada franca.
Integração
Dezenas de autores de todos os continentes estarão reunidos no mesmo
espaço para discutir literatura e contemporaneidade. Para encontros e
conversas com os leitores, estão confirmadas as presenças de autores
brasileiros do peso de Milton Hatoum (quatro vezes premiado com o
Prêmio Jabuti), Cristovão Tezza (autor do premiadíssimo O filho eterno), José Louzeiro (criador no Brasil do gênero romance-reportagem), Zuenir Ventura (autor do best-seller 1968 – o ano que não terminou),
Luiz Alberto Mendes Júnior, Maria Rita Khel e Miriam Goldemberg, entre
outros. Dentre os estrangeiros, destaques como Elvira Navarro
(escolhida uma das 20 melhores autoras espanholas com menos de 35 anos)
e Alice Walker (escritora, poeta e ativista norte-americana vencedora
do Prêmio Pulitzer por A Cor Púrpura).
Durante dois dias, a literatura africana ganhará papel de destaque
dentro da 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, com a apresentação de
grandes nomes como o nigeriano Wole Soyinka, nobel de litaratura em
1986; o premiado autor togolês Kangni Alem; Conceição Lima,
considerada a maior poeta viva de São Tomé e Príncipe; Paulina
Chiziane, de Moçambique; Germano Almeida, de Cabo Verde; Abdulai Silá,
autor do que é considerado o primeiro romance da Guiné Bissau; e o
jovem angolano Odjaki, radicado no Brasil e vencedor do Prêmio Jabuti
na categoria Juvenil com o romance Avó Dezanove e o Segredo do
Soviético.
Na Jornada Literária da América Hispânica, entre os dias 14 e 17 de
abril, será possível conhecer um pouco mais a realidade do cenário
literário de países de língua espanhola na América Latina. Organizada
e mediada pelo escritor e tradutor Eric Nopomuceno, a Jornada reunirá
na mesma mesa autores que estão entre as vozes mais potentes de seus
países.
O público também terá a oportunidade de ver os argentinos Juan
Gelman, considerado o maior poeta vivo de seu país, Samanta Schweblin,
apontada como herdeira do talento de contista de Borges e Cortázar, e
Mempo Giardinelli, conhecido no Brasil pela adaptação de Luna Caliente.
Os aclamados Antonio Skármeta (Chile), Hector Abad Faciolince
(Colômbia), Senel Paz (Cuba), Mario Bellatin (México) e Sérgio Ramirez
(Nicarágua) discutirão o vigor da literatura latino-americana.
A bienal é uma realização da Secretaria de Cultura e da Secretaria
de Educação do Governo do Distrito Federal, em parceria com o Instituto
Terceiro Setor (ITS). O projeto faz parte do Plano do Livro e da
Leitura do Distrito Federal – Brasília Capital da Leitura.
(Texto: Marcos Agostinho, Ascom/MinC)
(Imagem: Divulgação/site da Bienal Brasil)
(Imagem: Divulgação/site da Bienal Brasil)